Por Ananias Viana
Estas fotos
fazem parte de uma seqüência de reuniões que iniciamos dia 05/06 com
finalização dia 07/06, com a presença do INCRA- Bahia. A finalidade por parte
do INCRA foi ter o primeiro contato com os quilombos: Engenho da Vitória,
Kalolé, Imbiara, Tombo, Engenho Novo, Engenho da Zruz, Kaibongo Velho e
Brejo/Guaiba, no intuito de orientar os comunitários sobre os estudos
antropológicos que irá acontecer entre o final de 2013 ao inicio de 2014, foi
muito oportuno a presença do INCRA nestas comunidades, onde serviu para os
presentes questionarem e tirarem as suas duvidas. Acreditamos que com o aumento
de servidores no núcleo de quilombo do INCRA, onde passou de 3 para 12
técnicos, os serviços poderá avançar já que o mesmo levou muito tampo ausente
nos trabalhos dos quilombos por falta de técnicos. As comunidades Dendê,
Kaonge, Kalembar, Engenho da Ponte e Engenho da Praia, já foram concluído os
seus estudos antropológicos e á demarcações dos seus territórios, lembrando que
algumas destas comunidades foram as
primeiras a receberem as certidões quilombolas emitido pela Fundação Cultural
Palmares logo após o decreto 4887, e também é umas das mais organizadas do
Brasil em termos de organização e produção coletiva. Entendemos que á terra é
um dos fatores principais para assegurar os quilombolas nos seus territórios,
mais os comunitários quilombola do Brasil precisa entender que: Saúde,
Educação, Saneamento Básico, Meio Ambiente, projetos de Sustentabilidades,
Formação Popular e alem de tudo, á Organização Coletiva e Solidária, é o fator
principal para o desenvolvimento das comunidades quilombolas, essas ações não
poderá estar de jeito algum separado das discussões da terra, se você tiver
terra e não tiver saúda, não consegue trabalhar nela. Não vamos esperar que
alguém venha fazer para nós, e sim, com nós, algumas comunidades dessas acima
citadas são apoderadas de: Associações quilombolas, Núcleos de produções de:
Apicultura, Artesanatos, Cultivo de Ostra, Turismo Étnico de Base Comunitária,
Azeite de Dendê, Produção Audiovisual, Viveiro de Mudas, Agricultura, Unidade
de Beneficiamento de Pescado, Unidade de Beneficiamento de Mel, Sistemas de
Abastecimentos de Água Tratada, Teatro, Dança e o mais importante é que tudo é gestionados
pelos próprios comunitários, e os projetos foram todos conquistados com
articulação coletiva dos comunitários, sem qualquer participação de:
Vereadores, Prefeitos, Deputados e Senadores, bastamos estarmos organizados
coletivamente para as portas se abrirem sem precisarmos de papai para ficarmos
atrelados. Nossas Lideranças Foram Capacitados e Capacitadas para aprender
reivindicar os seus direitos e falar o que tem que falar, na hora certa que
deve falar.
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